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Olá leitores.
Será que nossas lembranças se resumirão a isto?
Será este o futuro dos álbuns de fotografias?
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Antes de mais nada, gostaria de esclarecer que não sou contra a tecnologia.
Estou escrevendo em um site na Internet, através de um celular, via Wi-Fi e utilizando fotografias de uma câmera digital tratadas através de softwares.
O ponto é outro:
Quando foram lançados há alguns anos, os porta-retratos digitais foram aclamados como substitutos muito melhores dos velhos porta-retratos dos nossos pais.
Podiam mostrar centenas de fotos em rodízio, eram (são ainda) bonitos e combinariam com um estilo de vida mais moderno.
Milhares foram vendidos e utilizados.
E atualmente?
Em uma pesquisa “altamente qualificada” (grupo de amigos no Facebook), de um grupo de 171 possíveis, 14 responderam.
Apenas uma pessoa tem porta-retrato digital, mas também não está utilizando atualmente.
Todas as outras nunca tiveram.
Ou seja, pelo menos deste grupo, ninguém utiliza atualmente.
Quando fui nestes dias pesquisar sobre isto, até na loja em que compramos pen drives e outros itens, não tinha este equipamento para vender. O dono disse que não tinha procura, daí ele parou de comprar para revenda.
É claro que a redes sociais contribuíram para a morte destes equipamentos.
Mas será que elas precisam matar também as nossas lembranças?
Há que diga que fotos impressas não são mais necessárias, visto que temos tudo digitalizado na nuvem ou em outro armazenamento eletrônico.
Há algumas semanas perdi o conteúdo de um pen drive de 16GB lotado.
Ele simplesmente parou de funcionar.
Isto não é novidade. Vai acontecer algum dia. Já escrevi sobre isso aqui:
8 dicas para não perder suas fotos preciosas:
Mas digamos que você seguiu meu conselho na postagem citada acima e está tudo bem guardado. Isto é bom.
Mas será só isso?
Sem dúvida, há uma nítida diferença estre as duas situações aqui demonstradas.
Nós não fotografamos apenas para o momento, embora este mundo seja assim, imediatista.
Fotografamos para a posteridade.
No futuro, quem estiver lá vai olhar para trás e ver muitas coisas interessantes do passado, registradas. Disponíveis.
Quantas fotos você têm armazenadas? Quando foi a última vez que olhou para elas?
Já escrevi também sobre este tipo de situação aqui: Impressão de fotografias. Esta postagem atual complementa esse raciocínio.
O sentimento de aconchego e de alegria quando nos juntamos para rever fotos no papel é impressionante. Elas estão lá, prontas para serem apreciadas e lembradas. Manuseadas. Até fazer login em uma rede para ver, já passou o momento.
Além dos porta-retratos, temos os álbuns. Eles estão facilmente disponíveis.
Com os fotobooks, podemos ter as fotos escolhidas e diagramadas como desejamos. São lindos!
Podem ser confeccionados nos mais variados estilos, formatos e preços.
Em algum momento da história, os fotógrafos tiveram a péssima ideia de oferecer apenas o arquivo digital para seus clientes.
Os monitores de maneira geral mostram cores inconsistentes. A menos que sejam calibrados regularmente. Mas ninguém não-fotógrafo faz isto.
Nas TVs, pode-se dizer que não existe uma calibração real. Fora que atualmente a maioria delas são umas lesmas para passar as fotos.
Quando as pessoas mandam fazer as próprias ampliações, elas podem vir boas. Mas também podem vir com cores e qualidade deficientes.
Já mandarmos fazer pôsteres em encadernadoras podem dar resultados lindos:
Estive em um congresso de fotografia aqui em São Paulo há alguns anos. Essa montagem está no site do congresso. Dei uma entrevista a eles.
Para encerrar a postagem, uma linda propaganda que nos faz pensar.
Se realmente valeu a pena fotografar este momento. Ela foi lançada no congresso “Digipix Day”. Assista:
Foto no Papel. Para quem ama Foto.
Vamos então preservar nossas lembranças?
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