Olá leitores.
Na última postagem, vimos que existem duas fontes principais de luz.
O primeiro tipo foi a Luz Natural.
Hoje falaremos do segundo tipo.
A luz artificial ou produzida pode ser:
a) contínua;
b) flash.
a) A luz contínua pode vir da iluminação pública quando as fotos forem clicadas na rua, da iluminação interna dos cômodos, tochas contínuas de led ou tungstênio, etc.
Elas podem ser frias (azuladas) ou quentes (amareladas). O cuidado que se deve ter é de tentar não se misturar os tipos de luz com cor diferente.
Não me refiro a efeitos coloridos, planejados; mas defeitos mesmo, quando se misturam temperaturas de cor diferentes. Nesses casos, o resultado, especialmente se for foto de produtos, pode não ficar tão bom.
Além das luzes próprias, alguns fotógrafos utilizam as luzes contínuas aproveitadas dos cinegrafistas, clicando durante as filmagens.
Em fotografia macro eu utilizo uma luz contínua de led, ou seja ele não explode a luz. Acredito que assim o inseto fica mais calmo para outros cliques.
Quando bem utilizadas, estas fontes contínuas podem ser muito úteis.
E elas também podem ser modificadas utilizando-se rebatedores ou modificadores.
Um único cuidado que se deve ter com elas é o IRC = índice de reprodução de cores. As lâmpadas fluorescentes têm um IRC muito baixo, cerca de 50%. As de LED são melhores, mas dificilmente passam de 80%.
Quanto maior o IRC, mais naturais as cores vão ficar na imagem. Quanto menor, mais “lavadas”.
A título de comparação, o Sol tem um IRC de 100%.
b) Flashes.
Precisa-se de um livro para explicar sobre eles. Por isso que existem vários.
Todos os que têm celulares um pouco melhores conhecem o flash.
Vou focar na parte prática, principalmente para celulares.
Quando temos uma cena de alto contraste, talvez a melhor maneira de resolver o assunto, seja com o flash, neste caso utilizado como “flash de preenchimento”.
Nós colocamos o flash da câmara ou celular na posição “sempre ligado” e aí ele será acionado com o objetivo de clarear nosso assunto, independentemente da claridade ao redor.
O modo de medição PONTUAL de fotometria talvez ajude, pois aí ele não irá considerar a claridade fora da sombra. Isto poderá fazer o fundo estourar, mas é uma questão de se escolher o assunto mais importante.
Tenho visto muitas fotos com o objeto principal escuro, justamente por falta de um flash de preenchimento.
Nas DSLR e outros tipos de câmaras mais avançadas, podemos utilizar o flash externo, para um efeito mais bonito na fotografia. Até a minha compacta velhinha aceita o modo sem fio, apesar de nunca ter utilizado. Só testei quando comprei o flash dedicado.
Com a luz sendo rebatida em outro ângulo que não o frontal, é possível se criar sombras interessantes que podem dar mais volume à cena.
Quando fotografo com celular e preciso de flash, uso a lanterna do celular de alguém para fazer uma iluminação um pouco melhor nas fotos.
Mas mesmo se utilizando o flash pop-up de uma câmara é possível se brincar um pouco, basta um pouco de imaginação.
Pode-se utilizar um difusor feito de papel vegetal ou papel manteiga na frente do flashinho. Vai aumentar o tamanho dele, tornando a luz mais difusa.
Se utilizarmos um rebatedor feito com caixa de leite, ou uma bandeja da festa, podemos modificar a direção da luz. Rebatendo a luz na parede ou no teto, criamos nosso volume, e como ela vai se espalhar, vai ficar mais suave e não tão dura.
Até o próximo assunto.