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Olá leitores.
No dia 19 de agosto, comemora-se o Dia Mundial da Fotografia.
A Academia Francesa de Ciências anunciou mundialmente a nova invenção neste dia, lá em 1839; e o francês Louis Daguerre entregou para o governo francês a sua invenção, o daguerreótipo, em troca de uma pensão vitalícia para ele e para o herdeiro de Joseph Nicéphore Niépce.
Como em muitas das invenções importantes, como a luz elétrica e o telégrafo, a glória geralmente fica com uma pessoa, mas ela deveria ser dividida com os muitos antecessores que foram pavimentando o caminho da descoberta final.
Até mesmo no Brasil, existem registros de que a fotografia já havia sido descoberta no interior de São Paulo, por Hercule Florence em 1832, antes de Daguerre. Mas como sabemos, num país que era “atrasado”, as coisas não foram registradas corretamente e divulgadas, como era na Europa e nos Estados Unidos.
Na realidade, até os árabes provavelmente já haviam descoberto a câmara escura há muitos séculos.

Provavelmente, foi Alhazen que criou a primeira câmara escura

Bem, e hoje?
A tecnologia avança a passos largos.
As câmeras mirrorless estão abocanhando o espaço das ainda atuais DSLR, principalmente pela sua tecnologia e o “foco no olho”, dando um adeus aos modelos fora de foco. Além das altíssimas resoluções de arquivo de alguns modelos de câmera e o fato da foto já “ficar pronta” na câmera, sem a necessidade de se advinhar exatamente como ela sairá (sem o flash).
Os celulares, cada vez mais potentes, já eliminaram as antigas “saboneteiras”, câmeras portáteis que muitos de nós ainda temos jogadas em alguma gaveta.
E o que dizer da necessidade de um fotógrafo?

Num piscar de olhos, a pandemia 2020-21 foi fulminante em nossa profissão.
Os fotógrafos de eventos em geral, casamentos, esportivos, de escola e outros, tiveram que se reinventar para continuarem a sobreviver de sua profissão. Até mesmo fotógrafos que fazem ensaios tiveram muitos problemas.

Num primeiro momento parou tudo.

Depois, alguns começaram a fazer ensaios remotos, em que sua modelo utilizava um aplicativo no celular e o fotógrafo fazia a direção dela. Existem variações na forma de executar. Mas existiu uma grande controvérsia neste tipo de ensaio: alguns acharam que era um tiro no pé, por estar se ensinando a pessoa a fotografar por conta própria; outros achavam que a qualidade das fotos ficava sofrível; outros acreditavam que seria um novo mercado que se abria naquele momento. Alguns acreditavam que seria temporário, até acabar a pandemia. Outros pensavam que teria vindo para ficar e permitiria que se trabalhasse em qualquer lugar do mundo.

O que você acha sobre isso? – Responda lá nos comentários! 🙂

Atualmente não sei como está a situação.

Nesta mesma sequência, vimos a explosão da fotografia para e-commerce e de alimentos, em virtude da mudança de hábito das pessoas, muito por causa das restrições causadas pela pandemia. Mas muitos não estão contratando fotógrafos para isto. (http://bit.ly/2pY74AH)

Uma coisa podemos ter certeza: nunca se clicou tanto quanto atualmente. Por outro lado, não se criam tantas fotografias de qualidade na mesma proporção. Nem de longe! Se examinarmos os instagrams de muitas pessoas, podemos notar que grande número de fotos se resumem a selfies sem se ter nenhum cuidado. Simplesmente se clica e se posta, sem objetivo. É esta banalização da fotografia que irrita alguns famosos do mercado, que até mesmo dizem que a fotografia de verdade acabou.

Não acho que tenha acabado. As pessoas vão continuar contratando fotógrafos para o que elas realmente considerem importante e em que elas queiram estar na cena, curtir o momento, sem a responsabilidade delas mesmas fazerem o registro.

Talvez uma nova ameaça à fotografia seja a Inteligência Artificial.

Alguns estão criando catálogos de pessoas e produtos utilizando o que já existe na Internet. Outros estão clicando alguma coisa, e depois completando o repertório utilizando a AI.

De qualquer maneira, acredito que cabe a nós, fotógrafos, criarmos nas pessoas e empresas a necessidade e nos oferecermos para satisfazê-la. Outro dia ouvi de alguém que nós nunca mais deveríamos comprar presentes para as pessoas e, ao invés disso, oferecer nossa fotografia como presente, de aniversário ou casamento, por exemplo.

Oferecer o presente na forma de um poster, um álbum ou até mesmo nosso registro do evento ou ensaio. Já fiz isso várias vezes, de oferecer um álbum como presente de casamento. E foi muito bem recebido pelos meus amigos. (https://bit.ly/2zQwIPS)

Enfim, que após toda esta turbulência, todos nós possamos pensar em tudo que está envolvido nesta arte e cada vez mais aprimorar nossa técnica, nossa percepção e nossa visão fotográfica.

Para ajudar quem quiser saber mais, comecei a criar um curso online gratuito pelo Youtube. Só clicar aqui: https://bit.ly/3p2xVsH

rparmigiani_curso_basico_fotografia https://bit.ly/3p2xVsH

E principalmente, que nunca nos esqueçamos do mais importante: Fotografar com o nosso coração.